Então é natal e o que você fez, o ano termina e começa outra vez…
Nossa que ano! 2020 para os apaixonados por números deveria ter sido um bom ano, o pior é que bem lá no nosso íntimo nem sabemos se foi um ano tão ruim assim!
A verdade é que neste ano vivemos coisas inimagináveis, coisas que nem pensávamos existir, e, ainda que algumas destas coisas tenham sido ruins, muitas outras foram boas.
Pensemos na nova forma de enxergar o mundo e as pessoas, nos sentimentos que nos envolveram como a solidariedade e o amor ao próximo. Vamos pensar na partilha, nos esforços em prol do coletivo, nas críticas que fizemos ao preconceito e da divisão entre pobres e ricos que se atenuou acentuadamente.
Vamos levar as lições apreendidas para todo o sempre e nossos filhos vivenciaram um mundo que não conheciam e foram obrigados a pisarem no freio (desacelerar), todos fomos, onde as nações se uniram na mesma dor e esforços de superação.
Neste ano imaginamos que a situação provisória fosse logo passar e sonhamos com momentos futuros menos tensos, para depois compreender que o futuro já chegou e é o agora. Tivemos que nos reinventar.
Em 2020 (um ano que prometia), nós convivemos com a dor e a alegria muito próximas, num limite imperceptível, e fomos solidários com as dores, mesmo as distantes.
Questões políticas nos dividiram, disputas ideológicas se confundiram com as mesmas dores que nos tornavam, de fato, irmãos. Depois começamos a ver a morte chegar mais próxima e parecer mais real, perdemos pessoas queridas, engolimos a seco teses que defendíamos e caíram por terra e tivemos que nos reorganizar para entender que em 2021 tudo continua, pois ao que parece, ainda não teremos retomado a normalidade.
Para falar a verdade, a normalidade que conhecíamos e que nos tornava frios e distantes talvez seja retomada de outra forma ainda muito estranha, um misto do nosso lado bom com o ruim, que não entendeu ainda como deve ser, mas que certamente não quer mais ser como antes.
O muro invisível que dividia pobres e ricos, negros e brancos ainda se mantém em pé e é preciso ser forte para confessar isso, mas essas diferenças diminuem a cada novo dia que passamos sem ideia do que vai acontecer, a cada momento que percebemos que não será tão fácil a retomada da normalidade.
Será que somos capazes de confessar erros memoráveis para o nosso coração? Será que somos capazes de uma proposta de reconstrução para reedificar nosso caos?
Precisamos aprender a recomeçar com as forças de nossa alma para que todo este aprendizado não tenha sido em vão e a humanidade ainda tenha jeito.
Por um tempo até pensei que poderíamos voltar a acreditar na velha e boa simbologia do Papai Noel, mas ainda não sei se chegamos a tanto, como eu disse, um misto do nosso lado bom com o ruim se misturam para surgir algo ainda estranho em nós.
E já que a simplicidade e a inocência que por momentos nos desprende do mundo adulto e nos torna novamente crianças, é o antídoto para a felicidade, segue meu presente para você feito com muito carinho (Clique Aqui).
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Então é natal, e ano novo também, que seja feliz bem feliz, quem souber o que é o bem.